Adorava mexer naquela caixa colorida... Era pequena, muito embora, parecia carregar um mundo de cores variadas... Botões de pano, marfim e até de massa! As linhas eram colocadas rigorosamente em desordem, numa seqüência de cores totalmente embaralhadas, assim como os restos de linhas e agulhas com tamanhos diversos. O dedal verde e o ovo de madeira para cerzir meias. Uma fita métrica e a tesoura que nunca estava suficientemente amolada. Pedaços de rendas embolados ou algum tecido diferente como amostra para um futuro vestido. Enquanto ela arrumava a caixa, histórias diferentes iam surgindo, envolvendo um tom agasalhador, quase que sussurrado para que ela não perdesse o “pé da linha” a qual colocava com certa dificuldade na agulha.
{Casti}
Foto: V. Malhotra
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