terça-feira, outubro 11, 2005

Teias do Dia



Todos os dias, ele sacudia naquele lotado, e previsível ônibus, de sua previsível e jovem vida... Tão previsível quanto às dívidas existentes em casa as quais mensalmente ele ajudava sua mãe a pagar. Aliviava a viagem rotineira, com os breves cochilos, quando em vez, distraidamente via os sonhos projetados na janela... O dia transcorria agitado, pelas suas mãos, passavam papéis que pegava ou entregava, pedaços de vidas que não lhe dizia respeito, passagens de aviões dos lugares os quais ele sonhava, tudo isso passava por ele... Ao voltar para casa a única coisa que carregava, era a marmita e seus sonhos, projetados na janela do previsível ônibus...


Tecido por Casti

2 comentários:

Anônimo disse...

Bom Dia, Casti!

Eu me vi nessa cena... Ah, na minha adolescência e juventude, rodeada de cinza, lá ia eu, dentro dos ônibus e metrôs da vida, a sonhar com um mundo colorido, com um reino encantado, onde tudo fosse mais doce, onde houvesse mais alegria e felicidade!

Você e sua sensibilidade, Casti...

Um beijo.

Casti disse...

Grata pelo carinho!!!