FELIZ NATAL
FELIZ ANO NOVO...
Retorno em 2006 !!!! Férias !!!
"Hay un mundo a la vuelta de la esquina de tu mente, donde la realidad es un intruso y los sueños se hacen realidad". (Enciclopédia das coisas que nunca existiram)
Na casa do prazer, as luzes, eram discretas, as conversas íntimas, e as risadas ruidosas... No ar um forte aroma de tabaco, e de bebida, misturados com perfumes de frascos e corpos... Naquele espaço, tudo era permitido, mesmo com certas regras para o bom funcionamento, a liberdade seduzia, o melhor da região, que por algumas horas fazia, e satisfazia suas vontades, e fetiches, comandados pelos olhos, e administração habilidosa da experiente cafetina...
(Casti)
O toque de recolher, já havia sido suspenso, a organização, já tinha resolvido o problema do respiradouro geral... O azul do céu estava meio que cobalto, contudo os pulmões suportavam razoavelmente a deficiente mistura de gases que supriam, e os mantinham vivos. Finalmente ela podia sair de seu abrigo, assim como suas ansiosas cópias. Contente por ver o céu programado e belo, ela se pôs a caminhar, embevecida com as flores de plástico que ornavam o Jardim da Via tumultuada, antiga Avenida Paulista.
(Casti)
"Existem um abismo profundo, e excitante no caminho do entendimento da vaidade feminina".
(Marcelo Rubens Paiva)
Ele recebeu um troféu, melhor empresário do ano... Subiu no palco impecável, de terno, e gravata... Chorou no microfone fez discurso, se emocionou! Cidadão criativo e respeitado, que só esqueceu de ficar penalizado, pelos quase dois mil funcionários que havia demitido pela manhã...
(Casti)
Eram jovens... A capela parecia, um corredor Polonês, abençoado por Santos, querubins. Ansiosos convidados, entre surpresas e vaticínios, apertavam-se no santificado espaço, próximo à noiva que deslizava em andar pausado, e pensamento conturbado, tentava adivinhar um futuro, de braços dados com o amigo, preocupado,que deixava perceber através dos olhos, a resignação, preocupação, amor... Um caldeirão de humanos sentimentos que só poderiam ser fermentados por maravilhosa figura, Sr amigo... Pai.
(Casti)
O Natal tem cheiro
De panetone
Barulho de taças
Borbulha
De champagne
O Natal tem olhos
De presentes
Menino esperando
Papai Noel
O Natal tem cheiro
Do croquete
Barulho na rua
Passos de gente
Quem sabe
Leve um presente
Ao carente
Menino
Um milagre do ser humano
Não de Noel...
(Casti)
No primeiro tabefe, o sangue espirrou... Ela havia ensaiado meses a fio, para que sua estória convencesse aquela temida figura, contudo, viu logo ali que não levava jeito para atriz de teatro... No máximo estrela de segunda grandeza de filme pornô. Com a paciência em extinção, a vida de puta já não lhe era proveitosa, pois havia juntado dinheiro suficiente, para voltar aos estudos, e colocar seus planos em andamento. Mancando e bem avariada, teve um embate final com o cafetão... Mesmo perdendo fisicamente, levou vantagem... Pegou sua bolsa, despediu-se de algumas colegas, atravessou a rua, sem olhar para trás... Com a sensação que o caminho era outro, voou para o futuro planejado, com a mesma segurança que lhe deu o mérito de a melhor do pedaço.
(Casti)
O nervosismo era proporcional a quantidade de pessoas que estavam na praça... Chuviscava, o tempo ameaçava dispersar o público que ali permanecia. Os três subiram no palco, e iniciaram... O tempo voluntarioso, cheio de surpresas, fez parar a chuva, presenteando a platéia, com uma leve brisa, fazendo flutuar as almas e os corpos vestidos de branco, daqueles momentâneos deuses embalados nos suaves movimentos do Tai Chi Chuan, que por alguns instantes conseguiram voar, alheios aos olhos que observavam...
(Casti)
Foto: Natasha Lisovskaya
Fez rebuscada maquiagem, penteou cuidadosamente os cabelos... Borrifou o melhor perfume, procurou cautelosamente um belo vestido, sem falar que colocou meias e sapatos novos. Jóias de estimação, também seriam usadas. Em último arranjo, olhou rapidamente no espelho, passou o dedo nos lábios retocando levemente o batom... Estava pronta, linda por fora, e por dentro vazia de qualquer preconceito, foi fazer um ajuste de contas, encontrar consigo mesma.
(Casti)
Ela não tinha para onde ir, nenhum lugar era bom o suficiente para domar suas dores, enxugar lágrimas, por limite nos medos... Nada era suficientemente diferente para uma mente inquieta e por vezes incompleta... Entrou num local, puxou a cadeira e se pôs a observar aquele, entrosado e esforçado grupo, que mais parecia uma orquestra de corpo, e mente... Voou em seus pensamentos para o meio daqueles que transpareciam bem estar... Levantou da cadeira, trocou o asfalto pelo tatame, e hoje resgata, aos poucos, cada dia, um pouco de si...
SIMPLESMENTE KUNG FU...
(Casti)
(Casti)
Desde pequeno, ele vivia refugiado nos livros, sempre contando aos colegas, uma novidade, uma estória fantástica, que recheava a vida dos pequenos companheiros, das brincadeiras de rua. Cresceu falando difícil, andava pelos sebos, apaixonado por tudo que lhe caía nas mãos... Casou-se com os escritos, ensaios, romances, crônicas, coletâneas, e poesias... Seu cenário diário, as imensas filas de livros, que boa parte, ficavam em sua responsabilidade, que com toda a paixão pelas páginas, capas, e estilos dos autores, foi enveredando por uma viagem íntima e possível entre as páginas conservadas, por ele... O bibliotecário.
Tecido por Casti
Renda mescla
A pele
Desenha
Tatua
A feminilidade
Tira da normalidade
O corpo de uma mulher.
Tecido por Casti
Ela passou fome no asfalto, apanhou do cafetão, e envelheceu mil anos antes do tempo... Hoje, reconhecida dona de um bordel da capital, disfarça as cores pálidas dos momentos difíceis, atrás de requintada maquiagem, que não consegue corrigir os sofrimentos, da roubada mocidade, atualmente cobrada em dolar, das funcionárias de luxo...
Tecido por Casti
Montanhas, seios de verde vegetação, em tons variados, naturais... Estacas displicentes, laranjais, se expoem à vista dos passantes, que deixam a paz do dia invadir as janelas abertas do carro, onde o som interno acompanha, a natureza, que se levanta vaidosa, e calma desafiando o asfalto que rasga a criação.
Tecido por Casti