Ela pegou uma pedra, riscou com gosto o chão seco, estéril, do asfalto... Fazia tanta força que as mãos sangravam, e junto com o traço e intento regados pelo sangue que escorria, desenhou versos que a vida pariu. Com medo de desarmonizar a terra, admirou rapidamente as palavras cobrindo novamente com asfalto os escritos, percebendo que a ninguém interessava seus riscados, pois cada um tinha o destino quase premeditado.
(Casti)
Visual: Oleg Dou
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