terça-feira, agosto 15, 2006

Teia do dia





Tinha uma capa feita com saco de sisal, cacos de dentes amarelados e desgastados, avitaminose, e uma sede do cão... Sede de água que era coisa escassa, sede de sangue que era coisa fraca, pela situação que passava o povo daquelas bandas... Terra de poeira batida, mato retorcido, muitas crendices, cobras de tocaia, e uma fé arretada de grande, pois era a única coisa que lhes restara. Vlad Severino, não resolveu e sim precisou adaptar-se para viver e sugar o que viesse... Seu único luxo era a paixão pelos jerimuns, raros, arrumados em época de sorte na vida daquele vampiro brasileiro cabra da peste no luar do sertão.

(Casti)

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2 comentários:

Anônimo disse...

Casti, sensível observadora do cotidiano, passei para apreciar suas poéticas reflexões e, como não poderia deixar de ser, fica o meu aplauso!

Um beijo.

Casti disse...

Querida Luiii, obrigada pelo carinho!! Sempre contente por lhe ter aqui na casa. Mesmo sem poder postar, seu escritório spaces, sempre belo, principalmente agora no novo visualll.

bjkasss
Casti