Arrumava as prateleiras do guarda-roupa, organizando os sentimentos em gavetas, espalhando-os em cabides e compartimentos. Ao final do trabalho, sentiu-se satisfeita havia dado conta da faxina feita em si. Enganou-se, uma peça tinha sobrado do lado de fora que não tinha condições de colocar dentro do móvel, também não queria dar para ninguém, nem jogar fora. Curvou-se, aninhou-se a aquela peça e sabia que mesmo sem lugar definido dentro do guarda-roupa, ela sempre lhe acompanharia, como uma segunda pele, feita de seda ou irremediável couraça...
By Casti
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