Divagações em Fios

Ela vivia num imenso, enorme estúdio. O cenário era cotidiano, obrigações humanas, disputas, conhecimentos, riqueza, pobreza, cultura, lazer, banalidades, realidades frutíferas ou não. Travar conhecimentos com o próximo era um campo minado, pois o que era hoje, em questão de pouco tempo poderia nada valer no amanhã. Os figurantes da vida necessitando ter, sem saber doar... Exigindo sem procurar entender. Tendo tudo sem ter o primordial, que é o aperfeiçoamento como ser humano, solidário, em busca da luz da compreensão adquira por intermédio da humildade, frutífera e fundamental para uma aceitação e percepção de um mundo maior. A Ela espantava a fragilidade das situações, das amizades. Em quem confiar? A quem confiar? Seria ela condenada a viver na borda da vida para poder se proteger da inconsistência das vivências, seria sempre assim? Patinar, e não andar pisando num compasso da consciência e do coração? Difícil...

Tecido por
Casti