segunda-feira, setembro 12, 2022

Dona Aranha divagando...

Repentinamente lhe faltara o ar... Se via cansada, sem vontade de interagir, dar o ar da graça ou explicar qualquer coisa. Andava sem necessidade de provar o que não era para as pessoas, ou usar o termo “avisei...” (ter razão depois do cofre aberto de nada valia). Retrocedera, pois necessitava do básico e uma boa caminhada na beira de qualquer mar, viver um pouco, fazer coisas simples, sem precisar dar satisfações ou salvar alguém. Momento de puro e delicioso egoísmo, correndo para longe do egocentrismo, pois chamar atenção requereria responsabilidades. Salvar o mundo ou ser único juiz do planeta, era trabalhoso e enfadonho. Se ser anti-herói está na moda... Vamos tirar a roupa de látex e jogar a máscara fora, pois o nada nesse momento é exatamente tudo que precisamos ser.









 

Fio fetiche


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Dona Aranha divagando...


 


As palavras, são como uma tigela de sopa de letras no inverno... Aromática, aquece e muitas vezes seu tempero nos faz delirar. Uma palavra dita no momento certo, bem colocada, nos salva! O problema é que o bom tempero está passando batido. Uma pitada de sutileza, elegância, ponderação nas palavras anda faltando em nossas tigelas. A expressão, o relacionamento interpessoal anda insosso, pobre. A sopa de letra escorre pelo canto das bocas que nem guardanapo de papel utilizam. O que poderia ser um diálogo agradável, tornou-se um desconserto, uma desconstrução da coerência e do delicioso diálogo numa crescente troca de ideias empolgantes e coerentes. A ignorância, a falta de apetite pelo conhecimento, produz rebentos com alfabeto inteiro condicionando e rotulando sua estadia, num mundo de sopa gelada de letras retorcidas, sem sabor, servida de qualquer jeito, sem entendimento e nem conclusão... Talvez o silêncio, no momento, seja um novo e adequado tempero, nesse mundo surreal.



By Casti