Acordara de um longo sono... Um sono forçado pelas
circunstâncias, misturadas numa coqueteleira que levava um dedo de cada coisa.
Um pouco de perplexidade, desânimo, inconformismo, “puteza” da vida e outras
cositas más... De qualquer forma de nada iria adiantar fechar os olhos, lacrar
o caixão ou escurecer o cenário da alma, pois o único efeito que surtiria,
seria uma bela dor nas costas por tanto tempo de sono no duro colchão. Sendo
assim, meio que cambaleante ela foi até o banheiro, lavou bem o rosto e voltou
para o quarto, abrindo janelas, destrancando portas e com calma, vasculhou a gaveta, tirando
cuidadosamente seus papéis e apontando todos os lápis, com pontas tão finas
quanto seu olhar, que mesmo dolorido haveria de se arregalar para o mundo, com
grande vontade de espiar.
By Casti
Foto de Oleg Kosirev
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