Teias do dia...

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Ele havia partido... Souberam de seu falecimento pela internet e o susto não tinha sido nada virtual. Um colega foi ao velório, cumprimentou a família e aos poucos, delicadamente foi tomando pé do desenrolar do acontecido, pois estava sendo bom ouvir de outros um pouco do quem tinha permanecido entre nós e havia ido embora. Voltando ao virtual, muitas condolências, elogios e lembranças do estimado falecido, apesar de que ninguém aparecer no velório ou enterro, para um morno abraço e suave aperto de mão em respeito ao tão lembrado amigo, comentado não num bate-papo saudoso, cara a cara com os seus e sim numa ilustrada rede social, com todo o carinho e atenção dos que substituíram o real pelo glamuroso quem sabe potente e rápido sinalizador de afetos “virtuais”. Será que a família tinha acesso fácil ao facebook? Sem problemas, o importante é que os outros viram, já que a aparência faz muito tempo, tornou-se fundamental.

By Casti