Percorre os versos
Com vagareza
Recorre aos versos
Sem clareza
Percorre os versos
Na correnteza
Sem decoro
Só sutileza
Sem certeza
Do corpo
Da letra
Que embala
O calor nas linhas
Versadas
Entre as pernas...
{By Casti}
"Hay un mundo a la vuelta de la esquina de tu mente, donde la realidad es un intruso y los sueños se hacen realidad". (Enciclopédia das coisas que nunca existiram)
Percorre os versos
Com vagareza
Recorre aos versos
Sem clareza
Percorre os versos
Na correnteza
Sem decoro
Só sutileza
Sem certeza
Do corpo
Da letra
Que embala
O calor nas linhas
Versadas
Entre as pernas...
{By Casti}
Beijou a grama 10 vezes na flexão... Chovia um pouco e as palmas das mãos estavam cheias de terra molhada... Não sentia frio ou calor, apenas uma grande alegria que escorria pelo corpo, tal qual a chuva que aos poucos caía. Parecia besteira, todavia, um simples treino, com pessoas diferentes, porém que tinham o mesmo objetivo, era uma dádiva uma delícia para um Sábado cinzento...
By Casti
Acionou o periscópio... Mesmo sendo tempos de guerra, andava abdicando da rotineira observação. Estava cansado preferia ficar submerso, isolado, longe das novidades recriadas, guerras fúteis. A humanidade povoava o planeta, em total individualismo e solidão. Melhor de tudo, era deixar quieto e não mudar a rotina do jogo de canastra com o amigo Netuno. O resto? Não queria nem imaginar...
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By Casti
Por que você reclama?
Por que você não se dana?
Contraditória
Convivência humana
Borbulha
Sentimentos em essência
Ser humano
Complicado
Aplicado na lição
No descobrimento
Da certeza
Sempre pendente
Na borda da questão
Onde estamos?
Para onde vamos?
Pintamos nosso céu
Nosso inferno
Enfadado na exatidão...
By Casti
Thomas Kettner
Anatomia
Revolução
Evolução
Sobrevive ao tempo
Rebento
De parto duro
Natural
Do momento
Que alisa
Chicoteia
Molda-nos doce
Amargo
Coração estreito
Largo
Afogados
Na vaidosa cegueira
Futildade
Fatalidade
Aceita pela sociedade
Como mérito
Envólucro
Passaporte
Para virar humano
dígno de atenção...
By Casti
Existem épocas em que estamos bem próximos das manifestações da natureza... Tempos de recolhimento, ficamos acocorados em pensamentos incompletos, mirando o por do sol, acalmando os pedaços do dia que brincam, espalhando as folhas de nossos rascunhos.
Ela tinha um grave problema... Dormia, porém não conseguia sonhar. Tentava e como era uma constante frustração, resolveu escravizar os sonhos dos outros. Foi um problema realmente sério, pois o que ela não conseguia possuir ia utilizando algumas alternativas... Destruía sistematicamente os sonhadores, manipulando, inventando, mentindo, ou por fim seguia as vias da importação em países longínquos (sonhos genéricos), os sonhos que não conseguia sonhar. Na realidade quem não faz e nem doa, perde a capacidade de alçar o vôo criar...
By Casti
No meio de tintas e pincéis “daquele moço”, nascia uma bailarina... Armada de curiosidade (fazia tempo observava escondida atrás da porta) e tamanho pequeno foi até o artista e perguntou para quem era aquela pintura. Com calma, o talentoso desconhecido, afastou o pincel da parede e respondeu que era para ela. Nesse dia ele ganhara um abraço afetuoso e com os olhos brilhantes, percebeu que era o melhor espaço e o melhor abraço que havia pintado naquele dia... Sr Natan, com muita criatividade, desenha e pinta em paredes de colégios e alguns locais dessa cidade...
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Entre pele
Pêlo
Não cabe
Razão
Onde pulsa a teia
Sem palavras
Guarda no fio
Da meia
Sedutora
Tentação.
Cai na rede
O corpo
Que experimenta
Solidão horizontal
Vontade & procura
Marca
Do sexo simplificado
De qualquer modo
Embalado
Provisório
Irrisório
Casual...
A aparência do frasco camufla a qualidade da essência... Adotamos a superficialidade da existência e dedicamos nosso meteórico tempo à experiência fugaz. Nossas certezas transformaram-se em algo transitório, tão passageiro quanto à vivência deixando pegadas leves em areia fofa, com medo de que nossas verdades não tenham espaço na medíocre sociedade. O certo não é mais o que sentimos, ou passamos e sim aquilo que nos é mostrado, travestido de verdade, bailando na extinta ética que hoje é mutável só dependendo do ângulo.
Estava assistindo a regravação do filme “O ilusionista”... Ela falava e tirava compulsivamente coisas daquela pequena mala. Retratos, mimos para netos, experimentos novos de cozinha, notícias do Rio. Parecia carregar não só o passado como uma parte da vida material, embalados em compreensões diferenciadas, herdadas do senhor tempo que em momento certo decifrava os códigos e “porquêS” das dores e alegrias.
O abraço antes apertado tornara-se largo e as palavras precisas transformaram-se em retalhos espalhados ao vento. O olhar fixo espelhava dúvidas... Assim, fomos sumindo e assumindo a solidão que cortejava os fatos, afagando sutilmente nossa existência, repleta de reminiscências do que fomos um para o outro.
Poucas luzes
Poucas palavras
Pouco pano
Desencano
Estudado trajeto
Alguns gestos
Na busca do sexo
Objeto
Em black tie
Na bandeja
Do palco
Para degustação.
By Casti
Essa coisa de ser restos dos outros era algo complicado... Criar, não tinha mais sentido já que o recriado era palavra final (por alguns segundos é claro, dado a urgência dos tempos). Fundamental a eficiência o funcionamento das coisas, muito embora a rapidez perdia-se na falta de essência, resquícios, pistas da existência. Nós andávamos assim... Garimpando restos dos outros, tentando reinventar-se para não ser deletado desse mundo, gerando dentro de nós um por do sol solitário...
Sem compromisso as coisas tomam outro rumo assim como as estradas, nos levam até caminhos inimagináveis. Inimaginável era aquela figura que aposentara o que o abusava e resolvera adotar chinelos e bermudas como indumentária oficial para receber os “forasteiros”no restaurante. Ele oferecia muito além do que boa comida. Com prosa larga, coleção de vinil, biblioteca recheada (além da coleção de rádios e vitrolas antigos) e uma cachaça engarrafada na hora, Edson criou um “Lounge Nordestino”, espaço gostoso, compartilhado com os que chegavam e os amigos lagartos que compunham o ambiente. Assim vivia e vive essa figura, nos colocando água na boca, pelo cardápio do restaurante e pelo modus vivendi!
By Casti