Para que servem as novelas? Quem não viu ou acompanhou alguma em sua vida? Um fio a mais na teia cotidiana, um tempero para não amargar a realidade, um termômetro comportamental em horário nobre? Sei dizer não... Só sei que sou do tempo em que era delicioso acompanhar as tramas do comportamental político de Odorico Paraguaçu (O Bem Amado) ou a beleza da poesia de Jorge Amado na Personagem de Gabriela Cravo & Canela. O Surrealismo de Saramandaia em histórias que nos faziam sonhar, onde a maldade era tratada com comicidade e não pesava tanto quanto a atualidade estampada na tela em asas de realidade Chinfrim... Felizmente temos compensações que nos remontam aos tempos deliciosos dos pequenos e saudáveis delírios de aproximadamente 45 minutos. Personagens que não precisam dialogar para mostrar a força da interpretação como Osmar Prado e Irene Ravache, acompanhando uma lista infindável de experientes atores agregados aos que estão no início da estrada. Uma pequena cidade do interior de Minas “Serranias” (assim denominada), onde famílias de bruxas travam uma grande briga em nome da verdade dos sentimentos. No meio desse recheio exótico, o modus vivendis simples, nos mostra que podemos ser felizes com o que temos, mesmo que os ideais não sejam em proporções astronômicas como exige o figurino de nossa problemática realidade.
By Casti
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