segunda-feira, outubro 14, 2019

Fio fetiche

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Teias do dia...



Enviuvara 23 anos atrás... Desse dia em diante, não era mais imperiosa dona de seu destino... Não havia mais cortinas brancas, flores na janela e cheiro de arroz quase pronto, escapando pela tampa da panela. Aos 88 anos sobrara pouco de sua identidade...  Apenas algumas malas abarrotadas de pequenas lembranças adquiridas por afetuosas pessoas que passaram por sua vida. Em seu monólogo constante, não se adequara mais ao mundo, pois a única voz que a mantinha viva era dela mesma, revirando momentos nos álbuns da teimosa retrospectiva.


By Casti

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domingo, fevereiro 10, 2019

Dona Aranha divagando

Abriu o guarda roupa e envergou seu melhor vestido preto. Deslizou as meias também pretas, luvas e sapatos. Retocou discreta maquiagem e olhando para o infinito baixou o véu negro ... Iniciara por indeterminado tempo o seu luto... A dor que lhe consumia, não mais permitia que as lágrimas escorresse pela face. Havia endurecido as concepções num silencioso protesto, em repúdio ao mundo inverso e perverso, falsamente honesto, carregado de pretensos deuses que ditavam condutas aos desprovidos de ego.  Asas negras brotavam em anjos de derretidos make-up, que ávidos de razões nada razoáveis promoviam o caos pelo mundo. E ela seguia assim, em passo firme, esfinge, indiferente as dores, rainha eleita pela insensibilidade de todos.


By casti



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segunda-feira, fevereiro 04, 2019

Dona Aranha divagando...



A luz dos fatos imediatos, ao lado de contidos e saborosos detalhes, arquitetavam nossa imaginação...
Acorrentados na extensão dos braços eis que pequena tela nos levava para perto de tudo e servia como bálsamo para solitários seres na ilusão de sentimental conexão. Em quanto isso, jaz em estantes e cabeceiras experiências entre páginas, editadas e gravadas em mentes e corações, servindo de base para o turbilhão de impacientes informações.

By Casti

quarta-feira, janeiro 30, 2019

Fio fetiche

Photo by Tono Stano

Teias do dia...


E passando por aquela calçada naquele momento, ela reencontrou muitas coisas... Sorriso dos amigos de infância, cheiro de férias, verão e picolé. Árvores carregadas de flores a qual exalavam o cheiro do jasmim. Tudo se desenrolara em sua mente e um interior sorriso bailou como borboleta em seu ventre. Embriagada pela feliz infância na casa da Vó Maria, entre primos descalços e ruidosos, foi acordada pela buzina do carro que prontamente lhe puxou para o presente em alguma esquina da metrópole.


By Casti

Dona Aranha divagando...



E a vida alardeada na calçada em tom de brincadeira, onde da terra até o céu precisávamos passar pelos estágios sem pisar nas linhas, com habilidade e empenho no percurso, pondo em prática aquilo que denominamos de felicidade (a qual tanto buscamos muito embora proclamando guerrilhas, sabotando o nosso entendimento). Quem sabe essa tão cobiçada felicidade seja cumprir o percurso da melhor forma possível, mesmo que em alguns momentos como humanos e falhos, desequilibramos, pisando nas linhas...


By Casti

Imagens: Iphone 

quarta-feira, janeiro 23, 2019

Dona Aranha divagando...




Ser humano, preocupar-se com quem mais precisa de nós. Ao invés de diminuir, somar. O que falta em muitos, sobra em alguns, como amor, compaixão. Olhar sempre em frente mas de quando em vez olhar para o lado. Assim como temos a capacidade de nos indignar, temos a capacidade de nos emocionar diante da realização dos sonhos.



By Casti



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sábado, janeiro 19, 2019

Dona Aranha divagando...





Seu mundo, era perfeito... Sem riscos, sem culpas. Nada ficava engasgado num toma lá e rápido retorno no dá cá. O único problema era que o mundo real se tornou jurássico,
massante, sem abraços ou sentimentos confortantes. Não havia mais tempo para ponderar e sim para teclar a vida, resumida numa tela do celular.


By Casti






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sexta-feira, janeiro 18, 2019

Fios soltos















Envelhecer por fora é um fato que até pode ser adiado... Envelhecer por dentro é pura opção.


By Casti


Google imagem Flor murcha

















quinta-feira, janeiro 17, 2019

Dona Aranha divagando

A pluralidade da vida se expressa ruidosa... Cada indivíduo vindo de sua guerra ou paraíso. A experiência sorrateiramente nos veste togas com motivos de diferentes estampas, em variadas cores ou apenas no tradicional e austero preto. Cabe a nós discernir em qual quadrado nos identificamos, mantendo nossas cercas naturais contudo o portão deve estar destravado para não dar vazão a intolerante e precipitada visão. Um dosador é fundamental para que não haja detentores de cinturões sem entrar no octógono e ser tão somente crítico de uma situação.

By Casti


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