Ela andava contida... Não se
arriscava a emitir um som, pois estava na dúvida se valia à pena argumentar ou
se adotaria o silêncio de pequenas indignações. Achava que a velhice camuflada
de maturidade estava colocando as garras para fora, que o mundo não cabia mais
aos seus devaneios e que ela precisava tocar o barco da sobrevivência. Mas de
quando em vez afrouxava a torneira, deixar
desaguar as palavras, fosse elas de ordem ou caos, subjetivas ou tapa na cara! Estava
acobertada pelo tempo, que lhe dava o direito de rasgar a lucidez e escorrer a
torneira de uma vivência que ao tiquinho do mundo interessava.
By Casti
(Dona Aranha divagando...)
Imagem Torneira de Palavras (Stock)
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