O futuro é sintético
Termina
No próprio início
Envelhece a cada instante
Até que o novo
Não dê mais cabo
Desse total
Estado de tédio
Sem remédio
O tempo que escorre
No caducar dos segundos...
"Hay un mundo a la vuelta de la esquina de tu mente, donde la realidad es un intruso y los sueños se hacen realidad". (Enciclopédia das coisas que nunca existiram)
(Casti)
Foto: Andrew Matsuki
Nessa cidade digital, dobro esquinas e vejo o movimento... Navegantes que passam, outros ficam, opinam, enriquecem, sugestionam, identificam-se, questionam, acrescentam, ou apenas olham... Os muros são construídos, tijolo por tijolo, de diversos, materiais humanos... Assim, vamos vivenciando uma cidade, atípica, uma urbanidade feita de emoções, pulsante, diversa, rica flora de acontecimentos pessoais que se entrelaçam durante o dia, formando uma teia de palavras...
(Casti)
Da janela, ela observava a noite fria... O definhar do trânsito... Mais um tempo que se seguia, sem pausa ou trégua, inclemente a açoitar corpos, e pensamentos, divididos em extremos, vida, morte... Asfalto, ou terra batida, e assim seguia o momento, acontecendo, desatando uma sangria...
Acordou ali... Meio que despetalada com o vento, porém ainda colorida, erguida timidamente na direção da luz da janela, procurando pedaço de sol urbano, aquecendo a cidade, humanizando o asfalto, que parece não ter fim... Acordou Florisbela, vaidosa magrela, rosa de algum jardim.
(Casti)
Foto de Amber Gray
O bairro da Madalena tinha seu encanto... Pequenas casas com portões de ferro coloridos, davam o tom alegre ao pacato bairro, ornado por antigas e pendentes Flamboyant. Dentro da casa, conversas alegres cruzavam-se, frutos da família que se reunia periodicamente nas férias... O cheiro do tabaco espalhava-se pela sala, marcando a austera, porém amável presença do avô, se misturando ao tempero do almoço, dos sorrisos, abraços, e histórias contadas, guardadas dos tempos de infância.
(Casti)
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Ela gostaria de ter o mundo na sola dos pés... Passear pelos coloridos bairros da Holanda, tomar uma cerveja belga, acariciar os olhos, com os castelos do vale de Loire.
Observar as muralhas da China, fazer parte do cenário de um entardecer na Índia, tomar um vinho em Portugal, dançar um tango na Argentina. Abraçar a Cordilheira dos Andes, e rumar para o museu de Neruda. Sentir as batidas de uma dança Flamenca de perto, e se cobrir com a beleza dos lençóis Maranhenses. Como não podia pisar por todas essas estradas, ou navegar pelos mares desejados, soltava as asas onde voava a imaginação.
(Casti)
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Lençóis Maranhenses
Mochilas coloridas, burburinho, uniformes azuis e vermelhos... Sentados em fila, encostados no muro colorido da escola, crianças faziam algazarra, e completavam a beleza do dia, cobertos pelo manto do céu, absolutamente azul... Do outro lado da rua, um soldado armado, dividia a atenção entre a cena, e a preocupação com o imprevisto do dia...
(Casti)
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