domingo, fevereiro 27, 2011

Fio audível

Fios CãoRentes...

Foto: CG

Fio assimétrico

Google


Exótico presente

Embrulhado

Com capricho

Coisa diferente

Que disfarça o ser

Altera o comum

Que por dentro

Continua

Igualmente

Mero vivente...


By Casti


sábado, fevereiro 26, 2011

Fiosss








Havia mais abismo entre as pessoas do que pontes... Essas andavam escassas e frágeis, já não eram como nos filmes de Indiana Jones ou Piratas do Caribe... Elas eram quase que virtuais e ao mesmo tempo, que eram criadas, sumiam na mesma velocidade. Como o ser humano poderia transitar de um ponto ao outro, saltando da ignorância da mesmice para o novo? Ah, “ele bastava-se”, com meia dúzia de tropeços ou pequenas travessias, já era guia e senhor de seu caminho, ignorando os percalços e até mesmo os benefícios que a natureza sutilmente lhe mostrava... Complicado isso do sutil, entre montanhas e travessias as quais o ser humano evoluía, mesmo assim continuava tão primitivo, pois só existia lugar para as coisas evidentes, mesmo assim continuávamos descrentes, pois a ponte dos nossos verdadeiros sentimentos ruiu...


By Casti

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Fio fetiche

Teias Noturnas


Ela havia experimentado toda a arara que estava abarrotada de roupas em cores, tamanhos e modelos mais diversos possíveis. Cada dia um visual diferente, pois tentava encobrir suas imperfeições... No início conseguiu ficar mais elegante, evoluindo o visual trabalhado, incluindo enxertos em todas as partes do corpo. O que ela não percebia é que por fora, tinha jeito momentaneamente, porém a transformação deveria ser por dentro, para que fosse real e confortável, como um casaco ganho, numa noite de vento frio...


By Casti

sábado, fevereiro 05, 2011

Fio fetiche

Fio assimétrico









Diálogos diferentes

Menos se fala

Menos se entende

Nada se sente

Ressente

Coração dormente

Atordoado

Ou incompetente

Sem saber a onde

Todo esse nada

Irá parar...


By Casti

Teias do dia

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Conjuntos, sofá e poltronas, mesinha de centro para colocar os pés e os controles da vida em tela plana onde sucedia tediosa novela. No chão o tapete limitava a prisão domiciliar, moldurada pelas janelas, telas com belas cortinas e grades de proteção. Assim caminhava quase em unanimidade, populosa humanidade na base da sobrevida, voyeur dos tempos, por medo de reinventar a vida, virar o jogo e deixar cair a tigela de pipocas no chão.


By Casti

terça-feira, fevereiro 01, 2011

Teias do dia


Recostou-se na cadeira de balanço... Estava realmente confortável e ao mesmo tempo incomodada com a posição da almofada. Aboletada na vivência, em determinados momentos se enternecia com certos episódios e em outros instantes, ria secretamente por entender ou mesmo saber algumas respostas das charadas. Arrumara com ar triunfante os fios brancos que teimavam em cair sobre a testa, flertando com o tempo, a morte, numa intimidade de fazer inveja ao diabo com o velho tridente. Mesmo no final dos tempos, ainda se indignaria, apaixonaria e depois morreria, como quem não quer nada, absolutamente nada dessa vida.


By Casti


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