terça-feira, abril 06, 2010

Teias noturnas...


Percebia que ela vinha sorrateiramente... Perseguia-lhe pelos shoppings, esquinas, ao pé da cama, nas andanças fossem noturnas ou diárias. Quando pensava estar livre da dita cuja lá estava ela, no fundo do copo, no final de uma canção, no barulho do vento carregando as folhas, anunciando o outono ou num olhar cruzado em algum sinal. Ela era persistente, não dava trégua, sempre com as garras afiadas nos ombros das possíveis presas... Difícil viver assim, olhando de soslaio para a vida, adivinhando chuva, sempre inventando artefatos e artifícios, para desviar o passo contínuo e matreiro da senhora que a seguia, batizada “depressão”...


By Casti

Foto Rust2D

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