domingo, fevereiro 28, 2010

Teias do dia

br.olhares.com

Não tinha caldeirão e nem vassoura... Passava-se por bruxa, para intimidar os que circulavam a sua volta. Tentou de várias maneiras seqüestrar mechas de cabelos e feitiços mil, só que andava nos tempos modernos e sua força estava diluída por conta dos abalos da psicologia moderna. Certo dia ela resolvera apelar, e sem paz ou imagem, passou a querer fazer tudo melhor que suas vítimas e como se não bastasse, ela começou a reproduzir o visual de quem a incomodava.

Ainda bem que a coisa parava assim, pois se ela resolvesse apelar para um ritual de outros costumes, no mínimo arrancaria e comeria alguns corações. Insegurança?



By Casti

terça-feira, fevereiro 23, 2010

Fio fotográfico

Modelhaymen

sábado, fevereiro 20, 2010

Teias do dia...


Andava entediado... Inventava doenças onde não tinha, cismava com pouca coisa. Caminhava progressivamente para a tal da depressão e examinava o fato de estar sempre ansioso na espera de algum milagre ou simplesmente uma manobra mais ousada no tabuleiro de xadrez. Tinha posição invejável, não ostentava a idade que já se encaminhava para bem mais que meio século. Detentor de um patrimônio “simpático”, conjecturava (talvez isso o fizesse ansioso), quando assumiria o posto de Deus, porque ter apenas nome e sobrenome, para ele era quase nada...



By Casti

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terça-feira, fevereiro 16, 2010

Fio fetiche

Andy Julia

Fiosss


Mortos pela conveniência do silêncio ou por uma bala de qualquer calibre? Fica difícil decidir o que é pior... Todos os dias em alguns momentos, vamos engasgando e calamos em nome da prudência deixando o certo para lá... Assim, vão furando filas, dando habeas corpus aos culpados que xingam nossas mães no meio do engarrafamento, sentam no lugar especial do metrô deixando os debilitados no desconforto. A ordem é ignorar o pé que você pisa e se indignar ao ouvir um som estranho, como por exemplo:


“Muito obrigada”!


By Casti


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sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Fioss... Indignados...

ICE..



Muitas vezes fazemos coisas na vida que não queremos, todavia, temos momentos das nossas escolhas e usamos do livre arbítrio. Ultimamente, tenho observado uma quantidade de propagandas que envolvem a maldade “humana”, referente aos animais. Geralmente acolhemos o que gostamos e rejeitar aquilo que nos desagrada, porém, fico tentando entender por qual motivo as pessoas sacrificam animais indefesos sem nenhum motivo. Caramba!!!! Entenda-se a forma rejeitar, significa não o adquirir, para esfolar, queimar, bater e matar aos poucos aquele olhar limpo, indefeso, amigo e fiel, que pode atravessar conosco, boa parte da jornada...


By Casti


Foto: Casti

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Fio solto














Jovem aranha,
Que seu dia, seja como um delicioso mergulho em pleno verão!

Beijo especial!!!!!!!!

Fio fetiche

Milestones

(www.br.olhares.com)

Teias do dia















A brisa brincava com as roupas que coloriam o varal... Coisas para organizar no início da semana, estavam pendentes, muito embora a beleza do dia roubasse a cena, fazendo do tempo algo tão sensível, quanto um filme dirigido por Giuseppe Tornatore. Então ela parou de divagar, pousou o sabão na beira do tanque e com as mãos úmidas arrumou a mecha de cabelo que insistia em sair de trás da orelha e voltou ao trabalho doméstico, ouvindo ao longe a melodia “Da Lenda do Pianista do mar”...


By Casti


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quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Outros Fios... MENINOS E GIBIS



2009

Quem merece presente no Natal? A antiga canção dizia que é melhor você ser bom porque é o dia dos bons, e o velho Noel sabe quem foi bom ou não.

Fomos uma geração de bons meninos. E acreditem: em boa parte por causa dos heróis dos quadrinhos. Éramos viciados em gibis. Nosso ideal do bem, e mesmo a prática, pode ser creditado ao Batman & Cia. tanto quanto ao medo do inferno, aos valores da família e aos ensinamentos da escola. Os heróis eram o exemplo máximo de bravura, doação pessoal e virtude.

Gibis abasteciam de ética o vasto campo da fantasia infantil, sem cobrar pela lição. Não era só por exigência da família, da escola ou da religião que os meninos tinham de ser retos e bons; eles queriam ser retos e bons — como os heróis. Viviam o bem na imaginação, porque o bem era a condição do herói. A lei e a ordem eram a regra dentro da qual transitavam os heróis. Eles eram o lado certo que combatia o lado errado.

Atualmente não sei. Parei de ler gibis, só pego um ou outro da seção nostalgia. Nos anos 70 e 80, ainda surgiram heróis interessantes, mas alguns parecem cheios de ódio, como o Wolverine, ou vítimas confusas sem noção de bem e mal, como o Hulk, ou exilados freudianos, como o belo Surfista Prateado, ou presas possíveis da vaidade, como o Homem-Aranha. Complicou-se a simplicidade do bem. Na televisão, os heróis urram, gritam, destroem, torturam, estridentes como os arquiinimigos maléficos. Não são simples, e retos, e fortes, e afinados com seus dons, como os heróis clássicos; são complexos, e dramáticos, e ambíguos, como ficou o mundo.

O Capitão Marvel salvava o planeta, gritava “shazam” e voltava a ser o pequeno locutor de rádio Billy Batson. Mandrake fazia um gesto hipnótico e a arma do bandido virava uma flor. O Príncipe Submarino atravessava oceanos a nado livrando-os do Mal. O Super-Homem parava com as mãos um trem com vítimas em perigo. O Homem-Borracha esticava- se no asfalto e salvava a criancinha no alto do prédio. Dick Tracy corria com seu relógio falante e sua lanterna e iluminava um crime. O misterioso senhor Walker ti rava o sobretudo, o chapéu e os óculos escuros, tornava-se o Fantasma e marcava o queixo dos bandidos com o anel de caveira. O Tocha Humana e o amigo Centelha incendiavam- se e torravam os malfeitores. O Homem-Morcego e Robin atendiam ao chamado do holofote que projetava nos céus a imagem do morcego e destroçavam os inimigos do Bem com incríveis acrobacias. Flash Gordon derrotava o Mal em planetas distantes. O Príncipe Valente e a espada cantante defendiam a princesa Aleta e o reino contra os bárbaros.

Queríamos ser virtuosos como eles — ah, como queríamos, nós, pequenos, confusos, medrosos e nem sempre sabendo ser bons.

A generosidade deles, a sempre disposição para ajudar alguém em dificuldades! Não tenho e não conheço quem tenha essa virtude, nesse grau, mas acalento a expectativa otimista de que ela se manifeste algum dia em alguém que eu conheça — não em mim, modesto de santidades e preguiçoso de ações, mas em alguém.

A renúncia, a idealização do sacrifício! Ah, os heróis abriam mão de necessidades pessoais, do amor de sua vida, arriscavam a vida no cumprimento da missão que se impuseram. Atividades particulares, noivas, afetos, bens, tempo, compromissos, tudo ficava em segundo plano. Quem nos dera chegar a esse ponto de renúncia — nunca, mas o ideal ficou.

E a modéstia? Muitos tinham uma identidade secreta, não visavam ao aplauso pessoal. Longe deles a pretensão do brilho e a tentação das revistas de celebridades. E a coragem? Nada havia que os intimidasse. Eu? Tenho mudado de calçada, desconfiado de que a diferença entre um cão e um leão é a jaula. Prudência, digamos assim, que não me impede de admirar a coragem.

Difícil avaliar quanto dessas virtudes resistiu dentro de nós. As habilidades e os superpoderes certamente convivem conosco no campo dos sonhos e delírios.

IVAN ANGELO

http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2142/meninos-gibis

Fio assimétrico...


Um antídoto

Um Band-aid

Uma droga eficaz

Um livro capaz

Uma música

Um beijo voraz

Um olhar verdadeiro

Uma palavra que casasse

Com o intento

Um ungüento

Pois não mais agüento

Brincar de viver...


By Casti