quarta-feira, maio 30, 2007



Por um par de tempos, estarei arrumando alguns fios danificados...

Beijo!

Casti





Fioss


























Fechar todos os poros
Internalizar
Essa linguagem
Poliglota
Estrangeira
Que brinca
Dentro de mim...

By Casti

Photo by Thomas Kettner

Fio fotográfico


A
L
E
X
I


L
A
D
O

Fioss

PETER HONNEMANN

A EXPRESSÃO
QUE ENGOLE
A PALAVRA
FECHA OS OLHOS
PARA
DIZER...

By Casti

terça-feira, maio 29, 2007

Fios etílicos

Fio assimétrico



Baila e expõe
Em gestos suaves
Furtivos
Aquilo
Guardado
No escuro
Sugerido
Nos camarotes
Dos voyeurs
Da arte...

By Casti

Foto: Honnemann

Fio fotográfico


PETER HONNEMANN

Teias da noite... Conversa fiada...



E as línguas trabalhavam em auternância de ferocidade e benevolência. Ser dono de alguma coisa era aquisição de muita responsabilidade, principalmente quando se tratava das "nossas" verdades, razões que desfilavam dígnas em nossas línguas, pretenciosamente experientes, sem novidades e sem perspectivas de que a vida nos pegasse na surpresa.

By Casti
Foto: Honnemann

segunda-feira, maio 28, 2007

Fio fotográfico


Photo by Maria Latnik

Fio assimétrico

Não ando
Muito paciente
Ando meio doente
Indolente
Inclemente
Com asneiras
Besteiras
Baboseiras
La même chose
De todos os nossos
Os vossos
Roídos
Ossos
Do difícil
Ofício
De sobreviver.

By Casti

Rust2D

Teias noturnas



A música entrava indiferente aos ouvidos... O tempo era curto, o dinheiro idem, somente a sua vida era uma longa expectativa, apesar de que aquela noite quem sabe com sorte tudo passaria sem deixar ressaca. As asneiras praticamente tinham o mesmo bojo, só mudava a combinação do malte que era tão duvidosa, quanto o desejo pago que naqueles homens desdenhosamente rastreava...

By Casti

Visual: Rust2D

Fio fotográfico


S. HEIMO

Teias do dia...


Em que tempo dentro de nós conjugamos o verbo amar? Se pedirmos uma definição, certamente teremos muitas iguais e tantas outras sem respostas ou explanações tão complexas que até desistiremos de amar... Desistir? Nunnnnca!!!! Nascemos para amar e sermos amados, confundidos, sugados e levados num barco sem leme para o meio do mar das emoções, desse sentimento tão perseguido e tão dificultado pelas facilidades... Well, agradar ao nosso objeto de desejo, não significa ser expert em tudo ou aplaudir qualquer coisa que nos é colocado. Maleabilidade sim, descaracterização de personalidade é outra coisa. Enjoa ser perfeito demasiadamente, ser espelho ou nunca jogar o lixo fora da lata, mandar alguém se lascar (num bom Pernambuques) ou achar que tudo é para sempre... Como cantava Cássia o para sempre, sempre acaba... Quando acaba, não é possível que sobre apenas o travo de limão e que a memória só programe para as lembranças das crises. Precisamos amar sempre, aprender sempre, pois amando é um dos poucos momentos na vida que nos entregamos, prestamos atenção em coisas como brilho nos olhos, mesclas da manhã e todas essas bobagens que nos sustenta cotidianamente... Temos certamente dias de fúria, porém... Precisamos amar até o que nem ainda conhecemos. E a reciprocidade? Sei não, com ou sem ela, amar é tão preciso quanto navegar...

By Casti

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sábado, maio 26, 2007

Fioss

Ritcher

A maquiagem Produz
Novas expressões
Fomenta sensações
Esconde desilusões...

By Casti

Fio visual

VON KATHY RETT

Teias do dia...


Concentrado estava... Com esmero executava lentamente sua tarefa, pois não era só um finalizador, fazia questão de iniciar todo o processo rascunhando os detalhes. Na quietude de seu isolamento, vasculhava no cérebro o lugar onde encontraria o material perfeito para o feitio da obra de arte. Encontrado este, dava seguimento, deliciando-se com o espetáculo que proporcionaria aquele público tão pobre de concepções... Bom mesmo era o labor, o requinte, quando nos momentos finais, afastava os cabelos daqueles alvos pescoços e de certeiro e afiado golpe lhe tirava a medíocre ou engenhosa vida.

By Casti

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sexta-feira, maio 25, 2007

Teias do dia...

Parecia estar diante de uma casa de boneca, onde os sonhos davam vida às pequenas peças coloridas... Naqueles momentos éramos donos de histórias e destinos, onde os horários eram diferentes e o que não gostávamos guardávamos dentro da pequena caixa de brinquedos depositada ao lado... Hoje também sonhamos, e em algumas vezes pensamos e viajamos em tempos impossíveis, criamos expressões e impressões que dão vida e iluminam a pequena casa das nossas fantasiosas aspirações, só barradas quando nos damos conta que o tempo de batalhar é um pouco mais extenso do que o de sonhar.

By Casti

Visual: netds

Fio fotográfico

Photo by Gesell

quinta-feira, maio 24, 2007

Fio assimétrico

Do salto ao sexo
Um fio complexo
Num caminho
Sem exatidão
Onde exala o reflexo
Do instinto enjaulado
Hermético
Solto aos poucos
Nos gestos
Declamados pelo corpo
Pedindo
Atenção...

By Casti

Photo: Andy Julia

Teias do dia

O olhar da imaginação, que lhe permitia ver mais detidamente pequenos detalhes em busca da beleza da emoção, admiração nas coisas, no encanto das palavras sem floreio, com verdades... Fruta exposta, visível no centro de uma grande mesa... Sim, a palavra tinha esse dom! Transformar pântanos em lagos de Morgana, a dureza dos seus dias algo realmente digno de curiosidade ou pinturas impensáveis de Caravagio, era fascinante essa história, um livro o qual ela ainda estava só na capa e uma grande ânsia de vôo para nele, se diluir.

By Casti


Visual: Canto e desencantos

terça-feira, maio 22, 2007

Fios da informação (Um clique aqui)


www.reporterbrasil.org.br


Este link, mostra e vende trabalhos da Cooperativa para Dignidade do Maranhão (Codigma).
Contatos (99) 3538-2383, email: nu2brinq@yahoo.com.br

Vale dar uma conferida!!!

Fio fetiche

Andy Julia

Fio assimétrico























Caroline Borba

Contornos

Sinuosa estrada
Delirante imaginação
Progride
Num percorrer suave
Nas mãos do veículo
Satisfação...

By Casti

Teias do dia...

Olhou através da janela do tempo... Uma saudade moderada pousava em seu ombro, segredando relíquias, guardadas no silêncio diário, no olhar resignado de quem não tinha pretensão de traçar o futuro, apenas se encolher na penumbra de qualquer cortina até que lhe puxassem pelas mãos.

By Casti

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segunda-feira, maio 21, 2007

Fio fotográfico


Photo by Andy Julia

Teias do dia


Ele queria voltar no tempo... Não queria os cabelos rareando, as dores das dúvidas e doenças do crescimento. Entendia que não havia retorno e não entendia que precisava achar outro caminho, cada dia era uma espera do nada mais esperar, sem surpresas, afinal de contas seu maior inimigo não era a doença e sim a descrença em alguma coisa que lhe fizesse novamente sonhar...


By Casti

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domingo, maio 20, 2007

Fios pequenos

Para o pequeno aranha...

Teias do dia


Os primeiros fios da manhã passavam brincando entre as árvores centenárias... Uma mistura de ansiedade e sono, em narizes vermelhos e pequenos com gorros coloridos aguardando o sinal da entrada. O início do dia era assim, pequeninas pessoas com mochilas nas costas, onde levavam uma parte da geografia, matemática, português história, o momento o qual eles aprenderiam pedaços da vida em quase todos os dias da semana.

By Casti

Visual fakemaster.it

sábado, maio 19, 2007

Fio fotográfico

PHOTO FRANCESCO CIPOLLA

Fio assimétrico




Poesia é palavra nua
Despojada dos adornos
Que não sejam
Sentimentos
Sem estratagemas
A não ser
A própria pena
Que nos desembrulha
Nas entrelinhas
Dos pés
Até o pescoço.

By Casti

Photo: E. Platonova

Fio solto


O fetiche é algo que fascina... Tem vida e cor misteriosas, quase que fugidias. Sonhos carregando o contraste da brandura com a urgência, personalidade resguardada em máscaras cintilantes, adereços rebuscados em combinação com o querer. O caminho que percorre passa pelos desejos íntimos expostos em detalhes, pequenos toques de borboletas entre as rendas da imaginação, onde o erotismo sobrepuja o vulgar fazendo da caminhada até o sexo final, um presente em estado bruto embrulhado nos laços de cetim.


By Casti

Photo: F. Constanzi

sexta-feira, maio 18, 2007









Hoje, não tem teias do dia, Fio assimétrico, Fios soltos, fotografia ou fetiche... Tem uma Sexta Feira que traz surpresas de todas as qualidades. Tem o dia duro da Urbanidade e a labuta diferente dos campos. Tem quem quer pular da ponte e quem quer acertar na loto... Também tem aquele que morre um pouco todos os dias ou aqueles que aprenderam, que para viver é necessário entender que em um minuto tudo pode mudar. Hoje, não é um dia como outro qualquer, a bem da verdade todos os dias são especiais, seja para morrer ou viver. Que seja! Que venha a vida, não como queremos, mas como o acaso nos enviou o embrulho... É para isso que estamos na área, mesclar o que queremos com o que o destino nos reservar... Caso não seja de nosso agrado, ou mudamos as coisas ou nos modificamos, em casos mais extremos, deixamos para a próxima estação...

By Casti
Ben Hey

quinta-feira, maio 17, 2007

Fio solto


Tinham coisas incomparáveis... Um passeio ao por do sol, um café acompanhado de boa conversa, um blues do King. A emoção diante de algumas situações, aquela viagem inesquecível, um poema de Neruda. Um sorvete de manga no final de tarde, o gol da vitória no instante final... Um choro de nascimento, um afago de alguém inesperado. Melhor que tudo isso junto, era uma simples e pequena frase sua que tinha o dom do dia modificar...



By Casti
Visual Alba Luna



Teias do dia


E ele precisava daquela caminhada... Andar em círculos, chutar pedras, ter uma séria conversa com ele mesmo... Esvaziar o bolso que andava cheio de idéias, ficar mais leve e não pensar, apenas caminhar sem o peso das decisões e opções que a vida nos obriga a tomar.


By Casti

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Fio fotográfico

Photo by C M Wolett

quarta-feira, maio 16, 2007

Fio assimétrico

























As mãos
Que o corpo toca
São as palavras
Rabiscadas
Com intento
Sem reflexão
São palavras
Anexadas
Ao desejo
Cortejo
Da idealização.

By Casti

Photo: Caroline Borba

Fio visual


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Teias do dia


Aturdidos, presos em questionamentos tão voltados para os nossos problemas e sentimentos que esquecemos como é fácil girar a maçaneta e vagarosamente abrir a porta e deparar-se com o desconhecido, escondido na escuridão dos medos que vão tomando forma das mobílias de nossa história.

By Casti

Photo: André Boto

terça-feira, maio 15, 2007

Fio visual


ALBA LUNA

Outros Fios


Delírios noturnos

Antônio Carlos da Silva

(Carlito)


Não te incomodes, amor, não te incomodes,
Se em meus sonhos acaso te assusto.
É que meus demônios acordam enquanto durmo,
E varrem meus porões do inconsciente.

E nessa infatigável varredura,
Milhões de fragmentos em luta insana
Desabrocham num texto sem sentido,
Despejado da boca (o instrumento).

São pedaços do enredo de uma vida
Verdadeira e ilusória a um só tempo,
Que inda procura a chave dos mistérios
Que regem essa existência indecifrável.

Se acaso despertas e te assustas,
Durante meus delírios insondáveis,
Sacode esse meu corpo ora tomado,
Que, com certeza, renasce a um beijo teu.

Teias do dia


Ele brigou, esbravejou, entornou o caldo... Como era de costume, disse tudo o que queria dizer sem nada escutar, pois suas próprias respostas bastavam. Ela ficou ali, calada com as mãos unidas em postura de resignada oração, até que num momento as mãos abriram-se em flor e delas, luminosas palavras flutuaram na direção daquele que precisava saber calar...

By Casti

Visual: M Le Carrour

segunda-feira, maio 14, 2007

Fio fotográfico

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Fio solto

A arte em rinha com a imaginação dos homens, querendo algumas verdades, alcançar... Projetam incompreensíveis detalhes da alma, somado a tantas outras que na observação de sua arte, irão acrescentar. Traçando cor, forma, palavra, um clique do olhar... Tudo é válido quando ficamos leves, receptivos, aplicados aprendizes, renovando os conceitos da existência, nós os artistas dessa galeria cíclica de morrer, viver...

By Casti



Rarindra Prakarsa

domingo, maio 13, 2007

Fio fotográfico

Fios da mãe





Ensinou-lhe coisas as quais ela achou que para nada adiantaria... Rezas para curar malefícios e fazer bolo de laranja. Ensinou a parar a chuva com amuletos na janela e também alertara que namoro longo não dava em nada... Observou sobre o valor das verdadeiras amizades e pediu que ela fizesse esforço para pegar o diploma, pois herança não tinha... Aquela senhora carregava o nome limpo e o orgulho da palavra que valia como promissória, era feita de muitos pudores e um único amor, cujo nome hoje sua última filha carregava carinhosamente abreviado...
"Casti"











Worth1000

Fio assimétrico


As rendas
Que bordam o sexo
Transpassam
Parcialmente descobrem
Desnudam
Exalam
Sensualidade
Em teias
Artesanais...

By Casti

Foto: Carole Stevens




sábado, maio 12, 2007

Fio solto

Sofremos por esperarmos ações e reações já estabelecidas nos nossos moldes de visualizar o mundo... Constantemente expomos os sentimentos e mesmo que involuntariamente pensamos no troco, no retorno... Frustrados por não ouvir o que queremos nos magoamos. Amar é algo incondicional, natural, que não deve aflorar como tábua de salvação as nossas expectativas. Amar é tempo imprevisível, onde se forma um vendaval que derruba árvores, apaga luzes, alaga nossas avenidas, para que no outro dia, um sol generoso azule o tempo, fazendo do mais comum, belos e profundos versos sigilosos...

BY CASTI

Photo by Caroline Borba

Fio assimétrico


Temos mil caras
Tem dias
Que acordamos rei
Ou acordamos lacaios
Algumas vezes ilha
Cercada de dúvidas
Por todos os lados...
Reféns dos sentimentos
Mescla do mundo real
Com nosso ideal
Imaginário...

By Casti

Visual de Alba Luna

sexta-feira, maio 11, 2007

Fioss


João Guimarães Rosa





"Quando escrevo, repito o que já vivi antes.
E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente.
Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo
vivendo no rio São Francisco. Gostaria de ser
um crocodilo porque amo os grandes rios,
pois são profundos como a alma de um homem.
Na superfície são muito vivazes e claros,
mas nas profundezas são tranqüilos e escuros
como o sofrimento dos homens."

Foto:
inf.furb.br

Fio visual


MÁRIO BITT-MONTEIRO