quarta-feira, abril 11, 2007

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"Cartas a um jovem poeta".
(Primeira carta)










Rainer Maria Rilke

Paris, 17 de fevereiro de 1903

Prezadíssimo Senhor,

Sua carta alcançou-me apenas há poucos dias. Quero agradecer-lhe a grande e amável confiança. Pouco mais posso fazer. Não posso entrar em considerações acerca da feição de seus versos, pois sou alheio a toda e qualquer intenção crítica. Não há nada menos apropriado para tocar numa obra de arte do que palavras de crítica, que sempre resultam em mal-entendidos mais ou menos felizes. As coisas estão longe de ser todas tão tangíveis e dizívies quanto se nos pretenderia fazer crer; a maior parte dos acontecimentos é inexprimível e ocorre num espaço em que nenhuma palavra nunca pisou. Menos suscetíveis de expressão do que qualquer outra coisa são as obras de arte, — seres misteriosos cuja vida perdura, ao lado da nossa, efêmera.



... continuando...


http://www.releituras.com/rilke_cartpoeta.asp



2 comentários:

- Lui - disse...

Ah, Vizinha, você, que já é a rainha do bom gosto, hoje arrasou com a escolha desse texto.

Li esse livro, naquela edição que contém não só as cartas, com tradução de P. Rónai, mas também "A Canção de Amor e de Morte..." (não me lembro bem o nome), com tradução de Cecília Meireles, e achei simplesmente maravilhoso!!

Beijão.

Casti disse...

Eu chic? Poderosa Advogada Lui!!!

Bijoca,
Casti