terça-feira, novembro 28, 2006

Fio-liz Natal

Foto: Igor Volin

Era a mesma, porém a cada ano que passava parecia diferente, principalmente quando as pequenas luzes eram acesas dando um toque especial entre os galhos. Ela ia colocar a última bola... Era a maior! Totalmente vermelha! Brilhante!! Ao pega-la na mão, percebeu algo refletido que parecia ser o seu próprio sorriso... Só que observando mais detidamente, constatou que a bola era mágica e que nela todos os sorrisos estavam refletidos. Sorrisos das pessoas que ela amava, das pessoas que já se foram e das que aqui ainda permaneciam. Sentiu um arrepio gostoso, um grande conforto, como se fosse envolvida por todos aqueles risos comemorando a chegada daquele que a tudo e a todos amava... Um cara chamado Jesus...


(Casti)

Faz pouco tempo, as coisas mudaram e ela constatou que novas bolas reluzentes estavam fazendo parte de sua árvore virtual...


V O C Ê S...

Passantes, vizinhos, navegantes, amigos, perto ou longe dessa Nau digital...
...
F E L I Z

N A T A L.


















Vistas da Cidade, as cortinas da janela de César observando a cidade de São Paulo...













Spider
, um cúmplice, um amor, vizinho o qual não temos muro... Alguém que sempre está me dando uma força, mesmo correndo de um lado para o outro pendurado nos seus fiosss...














Maestro Alex... Antigo vizinho, um bom amigo, o homem dos poemas BDSM! Com algemas ou sem, belas palavras...











Lui, Luivana... Uma das minhas primeiras vizinhas! Advogada insana, que mergulha na poesia e nos processos!












Fogosa, Fugu F, que enlouquece os leitores com sua eroticagastronomia...















O balaio do Mestre Cirne, tem coisa boa! Cultura, cinema, gente, um local bom para espiar...










Viviana, uma mulher poderosa, antenada que fala de tudo de uma maneira muito especial ...











Héctor Jorquera, cidadão Chileno, preocupado e trabalhando em prol da sociedade, um empreendedor... (No canto esquerdo).
















Hulles de Minnesota, um gentil e doce vizinho, homem dos livros e de senso crítico apurado, numa batalha com as ferramentas de tradução! Sucesso nas receitas sweets. Instigante pessoa. Esqueci!!! O gato Mimi, faz parte de seu dia...






México, recente vizinha, com suas fotos, bom gosto e belas











NaoSouEuéaOutra
, uma vizinha distante cheia de imaginação!!! Contos para ler...





YoSoy, Carlos e suas poesias, na procura de um grande amor...










La Espia T, bela figura desafiando a lingua latina e gosta de Neruda...






Silvana Medeiros, essa mulher faz loucuras com as palavras... Transforma tudo em deliciosa realidade.







Andréia Meneses...

Um spaces de uma sensível carioca... Um dia ela ainda vem para o blogspot, para que eu consiga um acesso melhor. (Não consigo entrar no spaces).




O Pior h do mundo...


Assim ele se denomina... Pior, acho que nãoooo!
Um vizinho que aprecia zoarrrrr, boa figura...

Teias comunicando









Vizinhos, Passantes, navegantes...

Estarei dando uma parada nas teias para poder organizar as pendências e desemaranhar alguns fios complicados que surgiram no final do Ano.


Espero retornar assim que possível...

Beijo para todos!

Obrigada

http://www.youtube.com/watch?v=rGmuKpWMBGA

Casti

segunda-feira, novembro 27, 2006

Fio fotográfico

Foto: Memento

Fio assimétrico

Quero-te pássaro livre
Para que de longe
Observe teu vôo
Aprecie tuas manobras
Não atrapalhe
Teus mergulhos
Não domestique
Tua natural beleza
Certeza de ter
De ser livre...

(Casti)

Google imagem

Teias do dia


Ela queria ficar ali, quieta, como se estivesse em uma enorme estação de trem dos filmes de Alfred Hitccock, dentro de uma trama bem amarrada, com telefonemas sinistros no meio da noite, mulheres caindo das torres. Queria pactos inquietantes e realidades distantes, ação em preto & branco que só o mestre do suspense e imprevisto poderia dar inigualável sabor... Frenesi.
(Casti)

Foto: Oliver Weber

domingo, novembro 26, 2006

Fio assimétrico

Deslumbra-me
O tango
O insinuar marginal
Dos sentidos
Coreografia latente
De dois corpos
Num embate
Final
...
(Casti)
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Fio solto

Havia decidido não mais estar juntos... Eram de mundos diferentes, aos poucos as idéias não mais se encontravam, andavam desconectados um do outro... Ele queria tato, contato, sentir o cheiro e o aroma daquela desconhecida mulher que invadira seu espaço virtual. Ela, como vinha de uma realidade mais atual, se contentava com a idealização e os hologramas que na cabeça criava... Essa situação foi se arrastando, vidas diferentes que realmente não dariam certo... Esse amor em tempos de mouses...

(Casti)

Foto: Alberich

Fio de meia

Foto: Google imagem

Teia replay-tida (Cinderela regional - 2005)



Naquele chão batido, a zabumba corria solta, corpos suados relavam, e lavavam a alma aos acordes da sanfona. Ele enfiava o nariz no cangote da moça tentando carregar para sempre a lembrança, o cheiro daquela mulher que durante toda noite foi seu par, e depois sumiu no meio da rua, no meio da multidão deixando uma gasta alpercata de couro perdida no barro.

(Casti)

Foto:
A. Popovsky

Fio assimétrico

Ser ou não ser
Já não é a questão
Ter e aparecer
É adequado
A nova visão...

(Casti)













Visual: Thenobius

sábado, novembro 25, 2006

Fio fotográfico




Emil Jianus

Teias do dia...

Às vezes ela sentia como se estivesse num infindável salão... Onde todos eram detentores da justiça, com seus martelos e verdades relativas... Tudo passava por um crivo, julgamento e geralmente condenação, onde nossas próprias sujeiras eram varridas para baixo das próprias togas de criaturas “Perfeitas”.

(Casti)











Foto: Google imagem

sexta-feira, novembro 24, 2006

Fio visual

Teias do dia

E ela ficou parada... Achou engraçado como muitas pessoas observavam a vida... Uns preferiam os quadros das galerias, outros as janelas dos quartos, das tvs, dos carros, as telas dos computadores... Sempre observados e observando, com restrições ou barreiras, mostrando parcialmente o rosto e em algumas ocasiões a alma. Presos pelos limites das molduras, artesanalmente feitas no medo, ou prudência, pois ninguém gosta de tropeçar, sair do padrão, dar vexame e viver.


(Casti)
Google imagem

Fios sonoros


http://www.youtube.com/watch?v=G5ex10m4qOg

Foto: Alba Luna

B O A S E X T A
P A R A
T O D O S...

quinta-feira, novembro 23, 2006

Fio Regional (assimétrico)




Cícero
Tenha dó
Que me acabo
Nas lágrimas
Tenha pena
De mim
Manda água
Para os confins
Do mundo
Sem muro
Grande jardim
Do mundo
Retorcido Mandacaru
“Padin”
Padre Cícero
Tenha pena
De mim...

(Casti)
Foto: eba.ufmg.br
(Mestre Vitalino)

Teias do dia...

Tudo tinha que ser para ontem! Intensivo que nem cursinho, rápido sem deixar vestígios... Em nenhum momento era cogitado, que essas coisas, tinham que ser como um show de rock... Expectativas, surpresas com cenários móveis... Dependendo, poderia ser um concerto, com afinações isoladas e pouco a pouco os instrumentos iam se harmonizando até chegar aos ouvidos algo indescritível... Caramba! Aloprado de bom era isso. Espera e reconhecimento de área, afinidade, achada no meio dos arranjos musicais. Coisas entre dois...

(Casti)

Foto:L. Melo

quarta-feira, novembro 22, 2006

Teias do dia...


E ela pensava... Eram poetas, escreviam desapercebidamente e corriqueiramente suas vidas, marcadas em versos cotidianos. Em tempos de paz, com leve caneta de pena e em outros tempos versavam com espinhos. Assim surgiam, com a riqueza do estilo próprio, sem observar que todo momento no meio da igualdade dos dias, novos versos surgiam nas esquinas do mundo.

(Casti)
Foto: Gregória Correia







terça-feira, novembro 21, 2006

Fio assimétrico II

Estende tua alma
Desliza
Na ponta dos dedos...
Acordes de sentimentos
Em finas notas
Um lamento
Por onde escoa
Teu tormento
Sonoro movimento
Que por dentro
Faz vibrar
Íntimo
Momento...

(Casti)

Google imagem

Fio nu

Google imagem

Fio assimétrico

Alinhava o tempo
Entre passado
E futuro
Costura frágil
Expressões
Nos cantos
Da face...

(Casti)

Foto: Google imagem

Fio solto...

Se na vida seguir-mos a estrada reta nada aprenderemos... nos transformaremos em pernósticos donos da verdade projetada pelo ego... São nos atalhos precários, que nos repartimos e novamente nos reagrupamos, assegurando o lugar de pequeno grão no universo. A batalha com o espelho é grande, porém temos que quebra-lo sem cortar as mãos... Viver entre iguais/diferentes é um risco proveitoso, como andar em papel crepom sem deixar marcas, com cuidado, não por medo e sim pelo amor das nossas extensões, conjugada na primeira pessoa do plural.

(Casti)

Fio assimétrico

O amor
Não tem sentido
Sentimos na pele
O aguçar
De todos os sentidos
Reboliça a alma
Surrupia a calma
Sentimentos imprevistos
Que nos tira o fôlego
E por um período
Em nossas vidas
Coloca
Algum sentido...

(Casti)

segunda-feira, novembro 20, 2006

Fio assimétrico

Ela sempre ele
Ela sempre ela
Busca enfatizada
Do sexo diferente
Amor latente
Que floresce
Entre iguais...

(Casti)

Foto: M. Latnik

Teia do dia...

Acordou esfregou os olhos achando que tinha algo diferente... Foi até a janela, abriu as cortinas o mais que pode, mesmo assim não adiantou. A cor do mundo havia sumido! As pessoas estavam em preto e branco, as flores, o céu, tudo. Aturdida parou para analisar de quem era a culpa e como iria sobreviver sem as cores do dia... Clima de filme hermético no ar, daqueles os quais assistimos e ficamos encucados, numa tremenda masturbação mental. Não tendo muito que fazer pegou a roupa preta com detalhes brancos do cabide. Para sua surpresa, jogada num canto, encontrou uma única peça colorida... Enrolou o cachecol vivamente vermelho no pescoço e mergulhou pisando forte no mundo com ares de Joana Darc.


{Casti}

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domingo, novembro 19, 2006

Fio solto...

Ela o vestiu como queria vê-lo, só não percebeu que as roupas eram inadequadas... Para ela era o número certo e para ele eram desconfortáveis... Ela sofreu por muito tempo pelo desconforto o qual ele sentia e nela descontava... Um dia ele foi jogando aos poucos a roupa fora... Com o tempo ele deixou cair à última peça e ela liberta das idéias que fazia dele, magoada, todavia consciente e salva, seguiu seu caminho, carregando a real visão dele, totalmente nu sem disfarces, na memória.


(Casti)

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Fio fotográfico do Brasil

A R A Q U É M
A L C A N T Â R A

Fio assimétrico

Espero que faças
De tua dor
Bálsamo
Alento
Sensibilidade
Cultivada
Versos
Hoje sangrados
Amanhã
Flor...
Do Poeta...

{Casti}

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sábado, novembro 18, 2006

Teias do dia..


Viviam preocupados, enfurnados em livros, cálculos e frascos alquímicos com nomes complicados em formatos do “Boticário”... O ambiente congelado, de janelas inexistentes, perfeito, asséptico, científico. Debruçados em cadeia monumental de fatos, tinham a necessidade de documentar tudo, de onde viemos e para onde... Subitamente ele afrouxou a gravata, abriu o jaleco, cruzou os corredores e ganhou a porta principal... O dia estava impiedosamente lindo, com certeza um sorvete ia bem, e naquele momento que fosse para o espaço as teorias, lá no seu íntimo admirava aquela figura a qual não conseguia provar cientificamente a existência... Pois necessitava mais que teses e teorias, uma pequena é única palavra: “Fé”.

(Casti)

Visual: Ozgur

Fio assimétrico

Atravessa o túnel
Sem preconceito
Ouvidos e olhos
Atentos
Para o aprendizado
A troca
Atravessa o túnel
Com o conhecimento
Habilidade consentida
Adquirida
No desenrolar
Do tempo...

(Casti)

Foto: João Viegas

sexta-feira, novembro 17, 2006

Fio visual

Visual: Marc42

Fio assimétrico II

Imagem: concienciapersonal.blogspot.com


Uma chuva de pensamentos
Planejando momentos
Vermelhamente
Negramente
F A T A L...

(Casti)




Fio assimétrico

O teor
De um olhar
Pode ser estudado
Até dissimulado
Quando se tem
O coração esfacelado
Pelo displicente olhar
De um amor
Sem o teor
Tão esperado...

(Casti)

Teia replay-tida (2005)


Imagem: Victor Wooten
Ela era meia pessoa, que ao conhece-lo se tornou inteira... Contrariando as leis de Newton, ocuparam com seus corpos o mesmo lugar no espaço e ambos se dividiram, cada qual guardando uma parte do outro, agregada a sua metade já existente... O tempo foi passando e ambos, na soma de desejos e experiências, multiplicaram, gerando outros que desenvolveram e se dividiram, para ser meia pessoa, se tornar inteiro e recomeçar todo o processo...
{Tecido por Casti}

Fios da informação



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